História da Recopa Sul-Americana
A Recopa Sul-Americana (Recopa Sudamericana) é a uma competição entre os campeões dos mais importantes torneios de clubes da América do Sul.
História da Recopa Sul-Americana
A Recopa Sul-Americana ("Recopa Sudamericana" em espanhol), chamada oficialmente CONMEBOL Recopa, é um torneio internacional de clubes de futebol organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e disputada desde 1989.
A Recopa já teve diversos formatos desde a sua criação. Inicialmente, o torneio foi disputado entre os campeões da Copa Libertadores e da Supercopa Sul-Americana. Também chamada de Supercopa João Havelange ou Supercopa Libertadores, a Supercopa Sul-Americana foi uma competição disputada entre 1988 e 1997 que reunia todos os clubes que haviam sido campeões da Libertadores da América. Com o fim da Supercopa Sul-Americana a Recopa Sul-Americana deixou de ser disputada em 1998.
Com a criação da Copa Sul-Americana em 2002, a Recopa Sul-Americana foi reativada no ano seguinte. Desde 2003, a Recopa Sul-Americana passou a ser uma disputa entre os campeões da Copa Libertadores do ano anterior e da Copa Sul-Americana do ano anterior. Este é o atual formato do torneio.
O Boca Juniors é o maior campeão da Recopa Sul-Americana com quatro títulos (1990, 2005, 2006 e 2008), seguido pelo River Plate, com três títulos (2015, 2016 e 2019). O Brasil com 11 títulos é o país com títulos da competição, seguido da Argentina com dez e do Equador e do Paraguai com dois cada. Colômbia, Chile, Peru e Uruguai tem um título cada. Bolívia, México* e Venezuela não têm títulos da competição.
* Clubes do México participaram de competições sul-americanas como convidados entre 1998 e 2016, apesar de o país não ser membro da CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol). Os clubes mexicanos Cruz Azul, Guadalajara e Tigres UANL foram vice-campeões da Libertadores em 2001, 2010 e 2015, respectivamente. O Pachuca foi o campeão da Copa Sul-Americana de 2006 e vice-campeão da Recopa Sul-Americana no ano seguinte. O Pumas UNAM e o Club América foram vice-campeões da Copa Sul-Americana em 2005 e em 2007, respectivamente.
A Recopa Sul-Americana não deve ser confundida com dois torneios de nomes parecidos que tiveram curta duração nos anos 1960 e 1970: a Recopa dos Campeões Intercontinentais (1968 a 1969) e a Recopa Sul-Americana de Clubes (1970 a 1971).
A Recopa dos Campeões Intercontinentais, também chamada de Supercopa dos Campeões Intercontinentais, Recopa Mundial, Recopa Intercontinental o Supercopa Intercontinental. Este torneio, disputado em 1968 e 1969, reunia os três clubes sul-americanos até então campeões da Copa Intercontinental: Santos, Racing e Peñarol. A Copa Intercontinental ou Copa Europeia/Sul-Americana era disputada pelos campeões da Liga dos Campeões da UEFA e da Copa Libertadores da América. A Recopa dos Campeões Intercontinentais teve apenas duas edições. A primeira, vencida pelo Santos, em 1968 e a segunda pelo Peñarol do Uruguai.
A Recopa Sul-Americana de Clubes, também chamada de Copa Ganhadores de Copa, foi um torneio precursor da atual Copa Sul-Americana que durou apenas duas edições. Classificaram-se para a Recopa Sul-Americana de Clubes os clubes que não conseguiam vaga na Libertadores ou que venciam torneios locais específicos para a disputa desta competição. O Mariscal Santa Cruz da Bolívia venceu a primeira edição em 1970. No ano seguinte, a segunda e última edição foi vencida pelo clube equatoriano Club Deportivo América, também conhecido como América de Quito. Brasil e Colômbia recusaram-se a participar das duas edições. A segunda edição contou apenas com quatro clubes: América de Quito (Equador), Olimpia (Paraguai), Juan Aurich (Peru) e Valencia (Venezuela). A CONMEBOL decidiu tornar a segunda edição um torneio não oficial e cancelar as futuras edições.
Entretanto, após a primeira edição da Supercopa Sul-Americana, em 1988, a CONMEBOL abriu a possibilidade de criar um novo torneio entre os campeões da Libertadores e o da Supercopa, utilizando um nome semelhante aos torneios dos anos 1960 e 1970.
Desde 2005 a Recopa Sul-Americana é disputada em dois jogos, sendo o primeiro jogo na casa do Campeão da Sul-Americana e o segundo com mando de campo do Campeão da Libertadores. Algumas edições da Recopa Sul-Americana foram disputadas em jogo único em campo neutro. Em 1990, o Boca Juniors (Campeão da Supercopa Sul-Americana de 1989) venceu por 1 a 0 o Atlético Nacional (Campeão da Libertadores de 1989) em Miami. Além desta edição, os Estados Unidos também foram sedes da Recopa Sul-Americana em 2003 e em 2004. Em 1992, o Colo-Colo (Campeão da Libertadores de 1991) venceu a disputa de pênaltis contra o Cruzeiro (Campeão da Supercopa de 1991) em Kobe, no Japão. Além desta edição, o país asiático também foi sede da Recopa Sul-Americana em 1994, 1995, 1996 e 1997.
O Olimpia foi declarado campeão da Recopa Sul-Americana de 1991 por ter vencido a Libertadores e a Supercopa Sul-Americana de 1990. O clube paraguaio não precisou disputar a Recopa Sul-Americana de 1991.
Ao contrário da edição de 1991, que o Olímpia foi declarado campeão da Recopa automaticamente, o São Paulo precisou jogar a Recopa Sul-Americana de 1994, mesmo tendo vencido a Libertadores e a Supercopa de 1993. A CONMEBOL convidou o Botafogo, campeão da Copa CONMEBOL de 1993, para disputar o torneio.
Em 1993, o São Paulo foi campeão da Libertadores e da Supercopa Sul-Americana (Supercopa da Libertadores). O clube deveria ser conclamado campeão da Recopa Sul-Americana de 1994 automaticamente, assim como aconteceu com o Olimpia em 1991. O clube paraguaio conquistou a Libertadores e Supercopa em 1990 e foi declarado campeão da Recopa Sul-Americana do ano seguinte. Entretanto, em 1994, a CONMEBOL decidiu convidar o Botafogo, campeão da Copa CONMEBOL de 1993, para disputar a Recopa Sul-Americana. O São Paulo venceu a partida disputada em jogo único em Kobe, no Japão. Esta foi a única vez que um campeão da Copa CONMEBOL disputou a Recopa Sul-Americana.
Recopa Sul-Americana
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